sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Correnteza...

Se não te quiserem mais... Esqueça!
Se não querem mais você por perto... Desista!
Se te confundirem com inimigo... Não discuta!
Não crie caso, não se imponha, não se altere... Espere !
Espere pois tudo que há um começo há também um fim, tanto para as coisas boas quanto para as coisas ruins.
Aquele que te desprezou no olhar, nas palavras e nos gestos, um dia irá enxergar que a vida não é mais colorida sem você por perto.
Que o riso sem você não é mais sincero, que há nuvens no céu mesmo em dias ensolarados...
Que as cores do arco-íris estão desbotadas e que a única centelha de esperança está no seu olhar... E ele está distante.
Mas o mundo dá voltas e um dia, se o destino quiser, os olhares se encontrarão e os beijos voltarão... E os abraços se tornarão rotina e você por dentro se sentirá como uma menininha...
Se um dia isso acontecer, não relute, não deixe que o orgulho dite as regras... Apenas se deixe levar pleo curso do rio que vai... Vai... Vai... E acaba na nascente.


sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Saudades...


Hoje estou saudosa...
Saudosa do tempo de outrora, onde eu podia andar sem demora... Cabelos ao vento, lá no alto do pé de acerola.
Saudades do tempo em que ficava com o rosto sujo de lama e amava ver os pássaros cantando na janela... E o sol, ah! Esse vivia em aquarela.
Saudades do tempo de menina, de empinar pipas, andar descalça sem preocupação, mas chegar em casa e ouvir um sermão!
Saudades do beijo no rosto, do afago carinhoso e dos ventos do mês de agosto.
Saudades da goiabada da vovó e do penteado que ela em mim fazia, estilo rococó.
Saudades de um tempo que nem mesmo vivi...
Saudades dos beijos que nem mesmo dei...
Saudades dos prazeres que não tive, dos abraços que partiram e dos olhos que nunca se viram...
Saudades sem fim de um tempo que passou por mim...